🔑 Pontos-chave
- Existem 2 formas de o fazer, através de replicação física ou da replicação sintética
- A replicação física “divide-se em 2”, na replicação física completa e na replicação física por amostragem
O que precisas de saber
Um ETF é como um cesto de compras que tem lá dentro múltiplas ações. Quando compras um ETF que segue (ou replica) o S&P 500, estás a comprar uma pequena parte de todas as empresas que fazem parte desse índice.
Como é que fazem esta replicação
Existem duas formas de o fazer:
- Replicação física
- Replicação completa
- Replicação por amostragem
- Replicação sintética
Replicação física
Replicação física completa
Na replicação física completa, a gestora do ETF compra as ações de todas as empresas que fazem parte do índice. E não compra ao calhas – compra exatamente na mesma proporção que estas têm no índice.
Por exemplo no S&P 500 (à data que escrevo este artigo), as 3 maiores empresas que fazem parte do índice são a Apple, a NVIDIA e a Microsoft, na seguinte proporção:
- Apple Inc: 7,56860%
- NVIDIA Corp: 6,58647%
- Microsoft Corp: 6,26593%
Quer isto dizer que os ETFs que replicam o S&P 500, como o VUAA.DE, vão utilizar a % de dinheiro que têm disponível para investimento, na mesma proporção que cada ação tem no índice.
7,56860% do capital vai para a compra de ações da Apple, 6,58647% para a compra de ações da NVIDIA e assim sucessivamente até comprarem todas as ações que constituem o índice.
A replicação física completa garante um desvio mínimo no desempenho do ETF em relação ao índice.
Replicação física por amostragem
Na replicação física por amostragem, a replicação do índice é feita de forma parcial, havendo apenas a compra de uma amostra das ações que compõem um determinado índice.
Na replicação por amostragem há um maior desvio na performance entre o ETF e o índice.
Replicação sintética
A replicação sintética é mais complicada e usa contratos de swap com instituições financeiras para copiar o desempenho de um índice.
Mas não te preocupes muito com a replicação sintética – a maioria dos ETFs utiliza o primeiro método.
O que acontece quando existem alterações no índice?
Às vezes, algumas empresas entram e outras saem de um determinado índice.
Quando isto acontece, a gestora do ETF tem de vender ou comprar ações para manter a proporção de cada empresa de acordo com o índice.
É como se estivessem sempre a atualizar a lista de compras.
Quais são os custos?
Fazer todas estas compras e vendas tem custos. É uma das razões para que haja a cobrança de uma pequena taxa por parte da empresa gestora do ETF.
Mas em comparação com a compra de ações individuais, o preço é bastante barato. Neste momento, a Vanguard (que gere o ETF VUAA.DE), apenas cobra uma taxa anual de 0,07%.
Se fosses comprar todas as ações individualmente que constituem o S&P 500 ia te sair bem mais caro (além do trabalho que terias para “actualizar o teu cesto de compras” sempre que houvessem alterações no índice).
Resumindo
- Os ETFs compram ações na proporção que as mesmas têm num determinado índice
- A replicação física é a mais comum
- Quando há entrada ou saída de empresas num índice, o ETF é ajustado automaticamente
- Apenas pagas uma pequena taxa por este trabalho todo