🔑 Pontos-chave
- Os ETFs têm ganho quota de mercado em relação aos fundos de investimento.
- Os fundos de investimento, na sua esmagadora maioria não conseguem bater o mercado devido às comissões elevadas.
- Nos ETFs há custos associados à compra, venda e manutenção e esses custos variam dependendo da corretora e do ETF específico.
O actual cenário financeiro português, “obriga” a que os investidores procurem alternativas para diversificar as suas carteiras e assim tentarem fazer frente ao aumento dos custos de vida e à volatilidade dos mercados.
O aumento do custo de vida é a consequência directa da inflação, e nesse sentido, investir em instrumentos financeiros mais “sofisticados”, é uma estratégia bastante aceitável e que pode dar frutos no futuro.
Os ETFs (Exchange-Traded Funds) têm ganho bastante popularidade ultimamente, como uma opção de investimento acessível e versátil.
Deves considerar dois fatores fundamentais quando pensas em investir num ETF:
- O potencial retorno financeiro e as comissões
- O risco associado
Em Portugal, os produtos de investimento mais populares têm sido sem sombra de dúvida os Certificados de Aforro e os Depósitos a prazo.
Mas os ETFs estão a conquistar cada vez mais adeptos.
ETFs com uma exposição mais diversificada
Os ETFs são produtos de investimento que oferecem um risco relativamente baixo. O risco depende directamente do mercado ou do sector em que consiste o ETF.
A principal vantagem dos ETFs em relação às ações individuais, é que permitem-te aceder a uma grande variedade de mercados ou sectores com um único investimento.
É como se estivesses a comprar uma única ação individual, mas essa ação consiste, por sua vez, num conjunto de ações.
Crescente interesse em ETFs
Naturalmente, por serem um tipo de produto que oferece uma grande diversificação e um risco relativamente controlado, o interesse tem disparado nos últimos tempos.
Os ETFs são uma excelente alternativa aos produtos mais tradicionais, como os certificados de aforro ou os depósitos a prazo.
Os bancos devem estar atentos a este “fenómeno”, e para não perderem alguns clientes, devem considerar aumentar as taxas de juro dos depósitos a prazo para fazer frente às taxas de retorno oferecidas pelos ETFs.
Mas tal não se verifica por enquanto.
Os ETFs ainda são considerados por muitos como uma aplicação de investimento com potencial de retorno mais atractivo a longo prazo.
Vantagens adicionais dos ETFs
Outra vantagem oferecida pelos ETFs é a possibilidade de investir em mercados internacionais sem necessidade de negociar diretamente em bolsas estrangeiras.
Pode-se chamar a esta característica de “acesso global”, isto é, com um único investimento é possível ter exposição a empresas de diversos países ou regiões.
Na prática e na melhor das hipóteses, a diversificação geográfica dos ETFs pode ajudar a reduzir o risco específico de um único país.
Custos e considerações fiscais
Nos ETFs há custos associados à compra, venda e manutenção. Estes custos variam dependendo da corretora e do ETF específico.
À semelhança de outros investimentos, os ganhos obtidos através dos ETFs estão sujeitos a impostos. A tributação das mais-valias e dividendos em ETFs em Portugal está fixada nos 28%.
Não te esqueças que as mais-valias têm ser declaradas na declaração anual de IRS.
Fundos de investimento tradicionais têm perdido quota de mercado
A maioria dos portugueses têm o seu dinheiro investido através de fundos de investimento tradicionais, certificados de aforro ou depósitos a prazo.
A principal vantagem dos fundos de investimento, é que são geridos por profissionais.
Para o tipo de investidores que “não têm muito conhecimento” nos mercados ou “não têm tempo” para fazer analises técnicas ou fundamentais, esta é uma opção bastante viável.
Mas engane-se quem pensa que os consultores financeiros dos fundos de investimento “fazem milagres”.
Estatisticamente, ao longos do anos, a esmagadora maioria do fundos de investimento tradicionais têm dificuldades em superar consistentemente o mercado.
A principal razão tem haver com as elevadas comissões de gestão cobradas aos investidores.
Portanto, optar pela via passiva de investimento em ETFs é para mim a melhor opção.
Adaptação das gestoras de fundos tradicionais
Vendo o fenómeno dos ETFs, os grandes fundos de investimento têm vindo a ajustar a sua oferta de maneira a não perderem mais clientes.
Têm havido um ajuste nas comissões que cobram aos clientes.
Também têm diversificado a oferta com o lançamento de novos fundos com estratégias mais especializadas de maneira a se distinguir das ofertas dos ETFs.
Qual escolher neste momento?
Uma coisa é certa, com o crescente interesse em ETFs, tanto os bancos como as gestoras de fundos tradicionais terão de se adaptar e continuar a inovar nos próximos tempos se quiserem manter a sua base de clientes consolidada.
Como disse anteriormente, os fundos de investimento, na sua esmagadora maioria não conseguem bater o mercado e isso deve-se essencialmente ao facto de praticarem comissões muito elevadas, o que corta a margem de lucro do investidor.
Por essa razão, as minhas opções de investimento são essencialmente ETFs e ações individuais em detrimento dos fundos de investimento tradicionais.