🔑 Pontos-chave
- Os certificados de aforro são mais seguros que os depósitos a prazo
- Os depósitos a prazo oferecem melhores taxas de juro nesta altura
- Nos certificados de aforro “emprestas” dinheiro a estado e nos depósitos a prazo a um banco (ou corretora)
Algumas pessoas ficam um pouco perdidas quando se fala em certificados de aforro e depósitos a prazo, porque à primeira vista parecem quase a mesma coisa.
Mas não são.
Os Certificados de aforro são títulos de dívida pública emitidos pelo estado Português através do IGCP (a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública), que é a entidade pública a quem compete gerir a tesouraria e a dívida pública direta do estado Português.
Ou seja, nos Certificados de aforro estamos a emprestar dinheiro ao nosso próprio país.
Já nos depósitos a prazo, estamos a emprestar dinheiro a um banco comercial ou a uma corretora de investimentos.
As taxas de juro
Nos certificados de aforro, as taxas de juro estão indexadas à Euribor a 3 meses (Euro Interbank Offered Rate) que é a taxa de juro de referência do mercado interbancário europeu.
Nos depósitos a prazo, é um pouco “à vontade do freguês”. As taxas de juro são definidas pelos próprios bancos e uns praticam melhores taxas que outros.
Uma das formas utilizadas pelos bancos para cativar novos depositantes é na oferta de bonificações.
Caso o cliente contrate um outro tipo de produto (além do depósito a prazo), é oferecida uma taxa de juro superior (ou bonificada).
Nesta altura, as taxas de juro são mais vantajosas nos depósitos a prazo que nos certificados de aforro.
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O risco
Os Certificados de aforro e os depósitos a prazo são dois dos produtos financeiros mais seguros e conservadores que conheço (juntamente com os PPR).
Mas existe uma certa diferença de risco entre os dois, visto que nos certificados de aforro estamos a emprestar dinheiro ao estado Português e nos depósitos a prazo a uma entidade privada (um banco ou uma corretora).
Os certificados de aforro são assim mais seguros que os depósitos a prazo porque considero que a única forma de perdermos o nosso dinheiro é se o estado português falir (o que é bastante improvável).
É mais provável um qualquer banco comercial falir primeiro que o estado.
Mas apesar do risco de falência de um qualquer banco, os investidores estão protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos português até aos 100 mil euros por titular.